Sempre reforçamos que, para uma gestão da qualidade eficiente, é fundamental que haja uma equipe engajada à frente do setor. Os processos envolvidos na qualidade são muitos, e é preciso se organizar para manter o controle e a visualização completa de todos eles – e ferramentas de gestão são grandes aliadas quando o assunto é organização.
Profissionais da qualidade já estão habituados às sete ferramentas fundamentais do setor, comumente utilizadas para facilitar a rotina da equipe. Neste post, abordaremos quais são elas e como são aplicadas no dia-a-dia da qualidade. Confira!
Fluxograma
O fluxograma é um gráfico de procedimentos/processos que representa a sequência das etapas de um processo. O fluxograma é utilizado como uma maneira de documentar determinado processo e costuma ser estruturado por símbolos geométricos que indicam materiais, serviços, recursos e etapas envolvidas nos processos, além das decisões que devem ser tomadas no seu decorrer.
Existem diferentes tipos de fluxogramas, como diagrama de blocos, fluxograma de processo simples, fluxograma funcional e fluxograma vertical. Cada um deles tem suas aplicações específicas, e é necessário avaliar qual o melhor tipo para cada processo.
Entre os motivos pelos quais se usa um fluxograma, destacam-se a padronização da representação dos métodos, mais rapidez na descrição desses métodos, facilidade na leitura e entendimento de um processo, melhoria na análise das etapas e do processo como um todo e facilitação da localização e identificação dos pontos de maior relevância nos processos e/ou métodos.
Diagrama de Ishikawa (espinha de peixe)
Também conhecido como diagrama de causa e efeito, o diagrama de Ishikawa ou espinha de peixe é uma ferramenta utilizada para identificar, classificar, organizar, documentar e exibir graficamente as causas de um determinado problema, de maneira hierarquizada, para que a identificação das causas deste problema seja concreta.
O diagrama de Ishikawa prevê que há um número limitado e específico de causas primárias, secundárias, terciárias e assim sucessivamente para um problema. Normalmente, essas causas são agrupadas em seis categorias, conhecidas como 6M: máquina, materiais, mão de obra, meio ambiente, método e medidas.
O ideal é que o diagrama seja elaborado em equipe, uma vez que colaboradores podem ter perspectivas diferentes sobre as causas, colaborando para tornar o diagrama bem completo. Quando preenchido, o diagrama permite um alto nível de compreensão do problema analisado.
Folha de verificação
Possivelmente a mais utilizada das sete ferramentas da qualidade, uma vez que sua aplicação é fácil e intuitiva, a folha de verificação é, em termos simples, uma checklist. Trata-se de um formulário utilizado para padronizar e facilitar a coleta de dados, além de uniformizar a execução e a verificação dos processos.
A maior parte dos projetos parte da folha de verificação, uma vez que ela pode dar um panorama geral das ações que precisam ser realizadas para, por exemplo, resolver um problema. O intuito da folha de verificação é apresentar uma percepção rápida da realidade e possibilitar a interpretação desta, por isso sua aplicação é diversa, ou seja, a folha pode ser utilizada em projetos de naturezas diferentes.
Diagrama de Pareto
O Diagrama de Pareto é um recurso gráfico cujo intuito é estabelecer uma ordem nas causas de perdas que devem ser sanadas. O objetivo final é compreender a relação entre uma ação e seus benefícios para que se priorizem as ações que trarão melhores resultados.
O Diagrama de Pareto é formado por dois conjuntos de dados: um gráfico de colunas com os fatores analisados (não conformidades, reclamações de clientes, defeitos, etc.), listados do mais recorrente ao menos recorrente, e uma linha que representa a porcentagem acumulada da frequência das ocorrências.
A ferramenta pode ser utilizada para analisar a frequência de determinadas ocorrências; definir quais são as ocorrências mais significativas na empresa; e auxiliar no desdobramento de causas gerais dos problemas do setor de gestão da qualidade ao analisar dados específicos dos processos.
Histograma
Também chamado de gráfico de distribuição de frequências, o histograma é uma representação gráfica utilizada para distribuir dados numéricos, exibindo a frequência de uma determinada amostra de dados.
Após coletar amostras de uma variável quantitativa por determinado período de tempo, é possível fazer uma análise gráfica desta variável. Por exemplo, em uma pesquisa de satisfação, se seus clientes avaliam sua empresa com notas de 1 a 5, o histograma permite visualizar quantas vezes cada nota foi dada.
Entre os tipos de histograma, destacam-se o histograma simétrico ou normal, o histograma assimétrico, o histograma com dois picos, o histograma platô e o histograma aleatório. Assim como o fluxograma, é importante avaliar qual o melhor tipo para a variável que se quer analisar.
Diagrama de dispersão
O diagrama de dispersão é uma representação gráfica que permite visualizar a relação entre duas variáveis. Geralmente, a ferramenta é utilizada para avaliar a relação entre uma variável independente e outra dependente da primeira. A variável independente é a causa que provoca o efeito e a dependente é este efeito.
A relação entre as variáveis é chamada de correlação, e pode ser positiva, negativa ou nula.
O diagrama de dispersão tem esse nome pois a representação gráfica se dá através da dispersão entre pontos. Quanto menor a dispersão entre os pontos, mais forte é a relação entre as variáveis.
Esta ferramenta pode ser utilizada para identificar possíveis causas de um problema, para determinar se uma causa e um efeito estão relacionados ou para validar se, por exemplo, dois efeitos ocorrem a partir de uma mesma causa.
Controle Estatístico de Processo (CEP)
O CEP é um método de coleta e verificação de amostras de resultados cujo objetivo é controlar o funcionamento e diminuir as falhas decorrentes da execução dos processos.
O principal objetivo do CEP é padronizar e estabilizar um processo de modo a sustentar melhorias, otimizar recursos, reduzir falhas e melhorar a qualidade do produto/serviço final. O intuito é criar processos estáveis e garantir sua previsibilidade, de modo a evitar surpresas negativas.
A partir do momento em que os processos estão estáveis, pode-se evoluir para buscar a melhoria contínua da empresa como um todo.
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